Especificando



-

Hoje é um daqueles dias típicos, daqueles em que nada de bom acontece. Acordei as 09:06 da manhã, sentei na cama e levantei sem ter despertado, levei 10 minutos para escovar os dentes, pentear o cabelo e trocar a roupa. Resolvi que devia tomar um café, mas não um simples café, um preto, forte e quase sem açúcar, acompanhado de um longo suspiro, acho que foi nessa hora que eu lembrei de pensar nele, para ser mais específica as 09:34 da manhã, lembrei que eu não queria lembrar e logo tratei de esquecer.. mas como era um dia típico, eu já sabia que não conseguiria, afinal eu já me acostumara com os revés que a vida me traz. As 13:00 horas, eu ainda estava ali, presa naquele sentimento de vazio, e não era só porque eu ainda não havia feito o almoço, afinal a alma precisa de mais que arroz com feijão, era mais que isso. Exatamente as 13:30 eu estava faminta, mas era fome de amor, talvez eu estivesse adoecendo desse mal, ah esse amor que nos consome e faz a gente se sentir saciado só por estar perto de quem se tem "fome". Precisamente as 14:00, o almoço me manteve ocupada, quase nem lembrei dele, resolvi que não ia controlar o tempo, mas as 15:00 lá estava eu contando de novo e foram duas, três e quatro horas, até mais, e eu que tentei parar o tempo, percebi que ele não tem parada, nem ponto e muito menos nos espera atravessar na faixa, atropela logo. Já havia chegado a noite e percebi que minha doença era crônica, e que eu havia que carrega-la para a vida toda e depois quando chegou a madrugada, tive um lampejo! EUREKA! O meu problema é querer cuidar de algo selvagem, não posso amar o que sempre quer estar livre. É como cuidar de um pássaro com a asa quebrada, quando estiver bem, voará de novo, me conformei e as 3:00 da madrugada dormi, para amanhã acontecer tudo de novo.