The last letter that I wasted with you


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Fiquei parada olhando para o papel mais tempo do que pude imaginar. Procurei palavras e rimas que talvez fossem me ajudar. Mas não rimei, não falei, não fiz nada de que eu possa me orgulhar. Então vou começar dizendo oi, como vai.. mas vamos tentar assim, saia agora, veja a noite estrelada, pense na gente, lembra quando era só eu e você contra o mundo? Era fácil arrumar aventuras num segundo, eu tentava achar um absurdo, mas não tinha razão para não te amar. Eu gostaria de te dizer tantas coisas, na verdade poderia listar os motivos de nossa distância, apesar de quase todos serem por minha culpa, poderia dizer que sinto sua falta, como me sinto.. mas as coisas são diferentes agora, e o mesmo motivo da volta, seria o da partida. Acho que estarei sempre condenada a gostar sozinha agora, essa agonia de ouvir seu nome, de saber noticias suas, essa é a pior parte, preferia que você fosse feliz do que sentir falta disso ao meu lado. Queria te lembrar que não importa quanto tempo passe, eu serei sempre sua, mesmo que acabe a tempestade, acabe a vontade, eu serei. E isso pode não fazer sentido, posso me perguntar todos os dias: Será que ainda existe algo de mim em você? Mesmo com o tempo, o silêncio, a falta de coragem.. nada me tirou você, nada apagou, acho que também não quero. Vou lhe desejar tudo, quero que tenha a plenitude, espero que eu a consiga também. Essa vai ser a última carta, o último poema, a última rima.. e caso queira saber, estou me virando bem sem você, tenho um jeito estranho de encarar tudo, mas estou seguindo, como me pediu pra fazer. Então, acho que ficaria feliz em saber que eu penso menos em você, a cada dia.. e a cada noite.

ps: eu te amei.


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