O alívio da dor
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Hoje um.
Amanhã, dois ou três e depois não sei a vez.
Jurei pra mim que talvez essa fosse a sétima ultima vez.
Corrompeu-me a dor,
aliviou-se o torpor.
Me senti humana a cada gota que caiu,
me recompus assim que alguém me viu.
Fingi um sorriso,
apertei o pulso.
Escondi a dor que rasga-me o peito
e meio sem jeito,
voltei a ser fingida,
voltei a ser perdida.
Tornei a me esconder,
pois sou muito esquisita para viver
e muito rara para morrer.