É só amor

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"É tão bom morrer de amor e continuar vivendo" já dizia Mario Quintana, "É muito melhor viver sem felicidade do que sem amor" Chaplin disse, mas a verdade é que ninguém fala dos que não amam. Ninguém fala dos que amaram e agora não o fazem mais. É mais fácil falar do que tornam as pessoas felizes, mas não é bom dizer a muitas pessoas o mal que o amor faz?

São pequenas contra-indicações, são detalhes ou só vidas.
São pessoas, que amam, vivem e depois não vivem mais ou até estão ali, mas tem tanto medo, que acabam só existindo. Pessoas desesperadas para encontrar o amor, ahh.. o amor, esse mesmo, aquele que chega, se acomoda e quase sempre vai embora de fininho e ninguém percebe, aquele que começa meio adolescente e sem querer acaba como o fogo juvenil. Esse amor leva as pessoas a fazer coisas inacreditáveis.

O 'amor' se tornou tão vulgar que chega a ser chato de tanto que as pessoas amam hoje em dia, com todos os "bom-amo" e namoros de uma semana. E quando chega ao fim, sofre por minutos e depois recomeça. Ciclo vicioso, falso amor e carência. Enquanto uns tem demais, os que não tem, inventam. Criam relações, criam esperanças em cima de uma pequena faísca. Tão autossuficientes, tão exasperante. Qualquer coisa cria esse vício, qualquer bom dia, qualquer tudo bem, é um senso quase comum.

Então você!
Você mesmo.
Você não vai morrer esperando a pessoa certa, quando o amor de verdade chegar você não vai nem perceber, pode ser um amigo, um novo conhecido.. alguém que veja pouco mas quer bem, pode ser em uma esquina qualquer, na espera do ônibus ou numa conversa amigável, mas você só vai saber se parar tanto de procurar e só viver.

E eu? Quem sou eu para falar? Não sou ninguém, eu não amo, talvez queira, mas ainda sim vou bem, obrigado.

Ingrid Michaelson - Everybody